27 de setembro de 2010

Globo continua dando cartaz ao ex-presidiário





Essa é demais. Na falta de prata, a mídia está usando qualquer lixo para fundir a bala que irá matar a candidatura de Dilma Rousseff. Dar cartaz a um homem com a ficha criminal de Rubnei Quicóli é simplesmente fim de linha. O homem acusa a Casa Civil de uma propina que não foi paga, não apresenta nenhuma prova de que foi sequer ofertada,  e mesmo assim ganha 7 minutos no Jornal Nacional, e agora a página inteira de abertura do caderno mais importante do jornal O Globo. Repare que a matéria sequer menciona o fato de Quicoli não possuir provas para a acusação que faz. As tais contas que ele apresenta não significam absolutamente nada, visto que ele mesmo informa que não foi paga nenhuma propina. Tampouco menciona o histórico de Quícoli, apresentado pela matéria como "empresário".

Na verdade, a maioria das pessoas não lêem esse tipo de matéria. Mesmo entre os que compram ou assinam o Globo, uma boa parte lê somente a manchete, que traz uma informação caluniosa: "tráfico de influência com conta no exterior". Ora, Quicoli não apresentou prova nenhuma de tráfico de influência, quanto mais de conta no exterior. O filho da Erenice tem outras acusações nas costas, mas não através de Quicoli, que caiu de paraquedas em plena campanha eleitoral cheio de histórias mirabolantes.

O Globo além disso mergulhou de vez no jornalismo de segunda mão. Em vez de apurar as denúncias por conta própria, o jornal repete "segundo Veja" por todo o texto, como se a revista fosse uma fonte primária e como se não fosse... a Veja.

A característica mais marcante do texto, porém, é o uso de verbos na condicional. Como não há prova de nada, o jornal diz apenas que "haveria", "que teriam pago", etc. Examine o início do texto. Eu pus os verbos em cor vermelha:

O esquema de tráfico de influência instalado na Casa Civil contaria até com duas contas em Hong Kong, na China, para onde deveriam ser enviadas as propinas pagas pelas facilidades obtidas, segundo o empresário Rubnei Quícoli, de Campinas. Esse esquema seria comandando pelo ex-diretor de Operações dos Correios Marco Antonio de Oliveira, seu sobrinho Vinícius Castro, ex-funcionário da Casa Civil, e Israel Guerra, filho da exministra da pasta Erenice Guerra.

Outro fato curioso é a insistência da mídia em apresentar a saída de um ministro como prova de sua culpabilidade. Trata-se do creme do cinismo canalha. Mesmo sendo inocente, torna-se praticamente inviável à qualquer pessoa exercer um trabalho no Executivo depois de virar alvo de uma campanha midiática. O fato de se afastar não legitima todas as denúncias feitas a ela. Entenda: pode até confirmar alguma denúncia, mas não todas.

Não é um bom sinal, por certo, mas não se pode ignorar o princípio da presunção da inocência só porque a pessoa se demitiu ou foi demitida.

1 comentário

Anônimo disse...

O cidadão é ex-presidiário, e dai ?
A dilma tb é.

Crimes por crimes, os dele foram mais leves. Receptação, falsidade ideológica e outros crimezinhos fuleiros. Mas os da dilma são, assalto, roubo, conspiração contra o Governo, participação em assassinatos, e outros crimes pesados.

Então, será que vcs ptralhas podem jogar pedra no telhado dos outros, quando o telhado de sua candidata é de vidro fino ?

Acorda Miguel......

Reginaldo Gadelha

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